5 de março de 2014

Rússia acusa Ocidente de não reagir face ao «mau exemplo» da Ucrânia

O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) da Rússia, Sergei Lavrov, acusou hoje o Ocidente de não ter reagido a tempo face à acção da Ucrânia «contra o poder legítimo», o que segundo o MNE representa um «mau exemplo muito contagioso».
Lavrov falava em conferência de imprensa realizada em Madrid depois de se reunir com o seu homólogo espanhol, José Manuel García-Margallo.
Acrescentou que o seu país não vai permitir acções violentas ou «atentados» contra os russos que vivem na Ucrânia.
«Não vamos permitir um derramamento de sangue, não vamos permitir atentados contra a vida e a saúde daqueles que vivem na Ucrânia, e também dos cidadãos russos que vivem na Ucrânia», afirmou Lavrov em Madrid após uma reunião com García-Margallo.
Ao ser questionado se Moscovo negociaria uma retirada das forças pró-Moscovo na península da Crimeia, o ministro respondeu: «Eu gostaria que explicassem o que são as forças pró-Rússia; se são as forças de autodefesa criadas pelos habitantes da Crimeia, nós não temos nenhuma autoridade sobre elas. Não recebem ordens nossas».
«Os militares russos da frota do mar Negro estão nas suas posições de destino e adoptaram medidas de alerta especial e controlo de toda a frota», acrescentou.
Comentário pessoal: A União Soviética, incapaz de competir  com o poderio  económico dos Estados Unidos (e incapaz de adaptar a sua economia planificada e cultura política autoritária às fases iniciais da Revolução da Informação), implodiu. Com a queda do Muro de Berlim em 1989 e a subsequente desintegração da União Soviética dois anos depois (quando a própria Rússia saiu da URSS), o comunismo desapareceu do mundo como um sério concorrente ideológico.
Ressurge no entanto, a velha Rússia, raposa matreira, não podendo dominar com a estratégia comunista, surge agora com uma de cariz económico e esmaga qual jibóia os países que antes lhe foram subordinados. O discurso não é moderno, os Estados Unidos usam e abusam, o mesmo faz a Alemanha, Reino Unido e até matreira França: «Não vamos permitir um derramamento de sangue, não vamos permitir atentados contra a vida e a saúde daqueles que vivem na Ucrânia, e também dos cidadãos russos que vivem na Ucrânia», afirmou Lavrov. No entanto, secam tudo à volta e tornam dependentes os povos vizinhos.
Tudo isto me faz pensar nas sábias palavras de Tiago 5:1-6. Estamos em tempos desumanos, tempos selvagens, tempos demoníacos e parece que não nos damos conta!

José Carlos Costa

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