15 de setembro de 2013

Obama mantém ameaça militar sobre Assad. Qual a Razão?

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Washington saudou o acordo obtido sobre o desmantelamento do arsenal químico sírio, mas avisa que Damasco deve respeitar os seus compromissos.

Barack Obama disse que o acordo só foi possível “em parte” devido à ameaça do uso da força contra a Síria, como punição pelo suposto uso de armas químicas contra civis a 21 de Agosto.

“Nós não vamos aceitar apenas as palavras da Rússia e a palavra de Assad. Precisamos de ver ações que provem que Assad é sério e está pronto a desistir das armas químicas. Este plano surgiu apenas com uma ameaça de uma ação militar dos EUA, e essa ameaça vai manter-se. As nossas forças militares vão continuar na região para pressionar o regime de Assad. Se a diplomacia falhar, os Estados Unidos e a comunidade internacional devem continuar preparados para agir “.
Dois influentes senadores da oposição republicana, John McCain e Lindsey Graham, rejeitaram o acordo os Estados Unidos e a Rússia.

Ambos temem que tanto os amigos como os inimigos dos EUA considerem o acordo um gesto de fraqueza por parte de Washington.

A França saudou o apoio da União Europeia, ao Estados Unidos e a Barack Obama para uma “reação forte “contra o regime sírio.

A oposição síria vê-se forçada a redefinir estratégia. Claro ficou que não haverá um cessar-fogo com o regime de Assad.

Comentário pessoal: Todos nós vimos aquelas imagens de centenas de pessoas mortas ou em agonia – agora provado por ordem de Assad – e perguntamos: porque razão essa história não teve logo a retaliação dos Estados Unidos e parceiros?
A razão é simples a Síria não tem só a Rússia do seu lado, tem muitos países árabes. Não é o poderio militar que assusta. A resposta é simples. Os preços da energia, e em particular os preços do crude, vão subir muito e ainda mais depressa, se não se for prudente. Num período de crise económica como a que a Europa e não só atravessa seria o desmoronar dos impérios. Assim, em vez disso, recorre-se a mitos que permitem fingir e a vida continua. Que importa esses milhares de refugiados acampados nos países limítrofes à Síria?
Estou em crer que se assiste a uma encenação do déjà vu o que conta é salvar a face e esperar que o mundo amadureça para a “ceifa”. Sim, por um lado temos um homem que reúne todos os esforços para grangear a simpatia do mundo – o papa – por outro não temos um protagonista político capaz para liderar as “tropas” para “arrasar” com a islamização e os credos que não aceitam “um assim diz o papa”. Vamos esperar mais algum tempo. Mas não tanto assim! Os sinais são cada vez mais!

José Carlos Costa

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