19 de maio de 2012

Pornografia: o Novo Ramo da Indústria Gospel

Desde que se começou a achar que o evangelho, para ser relevante, precisava conter coisas do mundo para ser atraente, as coisas começaram a ir de mal a pior.
Parece que os autores desta nova metodologia pensam que a palavra gospel virou sufixo e que basta adicioná-la no final de qualquer expressão que represente um modismo mundano que tudo se torna de Jesus.

E, como se já não bastasse aplicar esse lamentável conceito ao evangelismo, agora decidiram levá-lo também para a intimidade do casal cristão. Isso mesmo! A indústria gospel resolveu investir na produção de filmes eróticos evangélicos.
Modificando para justificar
Para diferenciar da pornografia tradicional, todas as obras possuem algumas regras de conduta: os protagonistas dos filmes são casais — marido e mulher mesmo - na vida real, todas as cenas seguem preceitos do sexo cristão — e tem a religião como princípio -, nunca é extraconjugal e práticas como ménage, sadomasoquismo e nudismo (!) são impensáveis.

Sex shops online
Mas não pense que é somente isso. Há também sex shops online criados para apimentar a relação de acordo com preceitos da Bíblia, mas que na prática oferecem os mesmos produtos das outras sex shops - o que muda é só o nome.
Até onde isto vai parar?
Fonte: Atitude Cristã
Nota Gilberto Theiss: Qual o próximo passo a ser trilhado pelo mundo evangélico? Depois do samba e rock de Jesus agora observamos de camarote a pornografia de Jesus. O que me deixa mais estagnado e quase a dar um enfarte é ver como os professos cristãos do nosso tempo conseguem digerir essas insanidades com tanta facilidade. A geração cristã de hoje talvez seja uma das mais promíscuas, secularizadas e completamente mundanas. Não me admira em pensar que a população de Sodoma e Gomorra eram religiosas naqueles melhores dias pré chuva de fogo e enxofre, e somente Ló, Abraão e mais alguns poucos homens e mulheres eram de fato homens que não se compravam e que não se vendiam. Nos nossos dias, não dá mais para saber quem de fato é cristão e quem de fato não é, salvo em alguns casos onde alguns são equivocadamente chamados de fanáticos e legalistas. Como bem expressou a perseguida Ellen White que disse:
'Quanto mais distante ficarem os jovens dos elementos corruptos e corruptores deste mundo, melhor e mais segura será a sua futura experiência [...] Mas eu tenho sido instruída sobre o fato de que a verdade não tem sido apresentada em seu verdadeiro ângulo. O resultado final disto tende a corromper as mentes; o santo não se tem feito distinto do profano" (Carta 162, 1900).
"A linha de separação entre cristão professos e ímpios é agora dificilmente discernida. Os membros da igreja amam o que o mundo ama, e estão prontos para se unirem a ele, e Satanás está resolvido a uni-los em um só corpo" (O Grande Conflito, p. 588).
Agora observe com extrema atenção esta tão profunda declaração:
"Muitos que se chamam cristão são meros moralistas humanos. Recusaram a dádiva que, somente, podia habilitá-los para honrar a Cristo assim como representá-Lo ao mundo. A obra do espírito Santo lhes é estranha. Não são praticantes da Palavra. Os princípios celestes que distinguem os que são um com Cristo dos que se unem ao mundo, tornaram-se quase indistintos. Os professos seguidores de Cristo não são mais um povo separado e peculiar. A linha de demarcação é imperceptível. O povo não está se subordinando à lei, quando o mundo devia passar para a igreja na obediência da mesma. Diariamente a igreja está se convertendo ao mundo". (Parábolas de Jesus, ps. 315, 316).
Como sempre digo, quem viver verá? Nós já estamos a ver isto ocorrer de maneira escancarada diante dos nossos olhos. Diante de tais situações caóticas no meio cristão só posso dizer uma única coisa: "Eu e minha casa, mesmo que sejamos chamados fanáticos e legalistas, continuaremos servindo ao Senhor".
Leia Também: A maior nação Cristã do mundo está cada vez menos cristã. Ou leia apenas a nota na íntegra logo abaixo:
Nota Gilberto Theiss: Allan Bloom, Filósofo e catedrático na comissão de ciências na Universidade de Chicago - EUA, no seu esplêndido livro "O Declínio da Cultura Ocidental", apresenta como os fenómenos e paradigmas mudaram no decorrer das últimas décadas. A geração dos anos 60, a era do rock, o apelo à sexualidade, o egocentrismo, o nihilismo, a criatividade, a educação liberal, a decomposição do ensino, o declínio das ciências humanas e a morte da própria religião cristã estão no âmago de todas os declínios de valores e princípios.
Ao fazer menção do declínio do cristianismo, especialmente nos Estados Unidos, Bloom, embora não cristão, é contundente ao afirmar que, quando Nietzsche e o iluminismo decretaram a morte de Deus, consequentemente os valores, princípios, a família, a moralidade, o desejo pela pureza, integridade e o dever pelo direito e o desejo pelo saber e pela boa música moral, também passaram a ser assassinados. Interessante notar que Bloom reconhece a patologia da degradação atual como também resultante da morte de Deus.
Ora, o que este ilustre professor reconhece era o que já sabíamos. Se Deus e a Sua vontade não forem o centro da vida dos seres humanos, que tipo de mundo esperamos construir? Sem Deus, o único mundo que teremos nas próximas gerações será o mundo do caos político, social, cultural e da destruição. A religião cristã de hoje, como destacado por Bloom, vive a passos largos em direção à apostasia plena dos valores que a emolduraram por longos tempos - se é que já não tenha chegado lá.
Um parecer semelhante podemos encontrar na declaração de Albert Mohler Junior, no seu livro escrito com outros autores, intitulado "Reforma Hoje" - Mohler destaca que a pós-modernidade realizou um assalto cruel à verdade e ao cristianismo, causando uma destruição dentro da própria igreja transformando a ortodoxia e a heresia em conceitos vazios e destituídos de valor. Segundo ele, as fronteiras do que é santo e profano, sagrado ou secular, desapareceram completamente. Termos como falsidade e verdade não são questões de indiferença moral para a igreja atual. Em nome do perspectivismo, alguns religiosos rejeitaram a unidade da verdade e adoptaram a subjectividade incondicional. Consequentemente, a fim de ganhar distância do fundamentalismo, muitos evangélicos abandonaram completamente o próprio fundamento.
Outro grande teólogo evangélico chamado Gene Edward Veith Junior, no seu livro intitulado "Tempos pós-modernos", segue a mesma linha de raciocínio de Albert Mohler, James Boice, Sinclair Ferguson, Nancy Pearcey e Charles Colson, afirmando que o colapso da fé desenvolve-se à medida em que o pós-modernismo, sob o fundamento do secularismo e relativismo, desconstrói a verdade absoluta para construir verdades aleatórias relativistas. A desconstrução da fé, o aparecimento de uma cultura global e a polarização estão construindo uma nova forma de viver, interpretar e de formar o conceito de verdade em prol de um anti-fundamentalismo religioso. Consequentemente a identidade cristã está a ser minada e no seu lugar surge um simples conceito de "ala cultura". Aliás, tudo nos nossos dias tem-se transformado em cultura - A cultura das drogas, a cultura do rock, a cultura das gangues da rua, a cultura dos cultos primitivos, a cultura do culto satânico e até a própria falta de cultura torna-se cultura nos nossos dias. Neste ínterim, a religião cristã não passa de uma simples cultura e nada mais que isso.
Estes, entre tantos outros motivos, foi o que levou Nancy Pearcey escrever "Verdade Absoluta" com o objetivo de libertar o cristianismo do seu cativeiro cultural, como bem está estampado logo na capa do seu livro; e Charles Colson em "E agora, como viveremos?", tentando resgatar valores, princípios e crenças fundamentais como a da legitimidade da verdade de um Deus existente e atuante perdida mesmo no meio cristão.
Mas, em todo o caso, não precisamos ser pegos de surpresa quanto ao papel hipotético que o cristianismo tem exercido sobre o mundo, pois a Bíblia previa que este tipo de cristianismo em plena degradação seria um fato. Paulo em II Timóteo 3:1-5 apresenta uma lista nada animadora de imoralidade, perversidade, incredulidade e imoralidade para o final dos tempos. O mais chocante nestes versos é que, provavelmente o apóstolo estava a afirmar que isto aconteceria entre os povos que se denominariam religiosos. A palavra "piedade" do verso 5, eusebeias no grego, pode ser traduzida também como religiosidade - ou seja, "tendo aparência de religioso, negando-lhe entretanto o poder". Ele conclui a citação dizendo para fugir também destes que se dizem religiosos mas não são.
O próprio Jesus em Lucas 18:8 afirmou que "quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?". Provavelmente, Jesus, ao ter contemplado o futuro e observado a situação caótica do cristianismo, não hesitou em revelar que a fé também estaria em pleno declínio. Claro que, a busca pela espiritualidade nos nossos dias é extravasante, mas, a busca pela submissão a Deus e à Sua vontade estão longe de serem buscados.
Eu não diria que "quem viver verá" como é muito insinuado por aí, creio que já estamos a viver neste futuro impactante de grandes mudanças envolvendo mistura plena da verdade com a mentira. Ellen White, falando sobre o fim, foi contundente em afirmar que: "Ao nos aproximarmos do fim do tempo, a falsidade estará tão misturada com a verdade que, somente os que têm a guia do Espírito Santo serão capazes de distinguir a verdade do erro" (SDA Bible Commentary, v.7, p. 907). Creio que já estamos a viver neste tempo predito. O sucumbir da fé, a relativização da verdade absoluta e a secularização dos padrões morais de Deus estão em alta.
Somente um movimento bem fundamentado e protegido pela inspiração direta de Deus mediante a Bíblia e o dom profético é que seria capaz de ainda superar o tsunami de heresias revestidas de secularismo e relativismo. Embora isto seja um fato, os adventistas do Sétimo dia devem ter em mente que, Israel, ao ser influenciados pelo Egito, perderam a sua identidade como povo de Deus. O povo de Deus não está imune a esta situação. O Israel espiritual de hoje talvez nunca chegue a este ponto, mas o mesmo não podemos dizer daqueles que a frequentam. A igreja atual não se apostatará, mas o mesmo não podemos afirmar dos que ali se encontram para adorar. O secularismo e o relativismo jamais macularão as doutrinas desta igreja, mas o mesmo não podemos afirmar quanto à vida, os costumes, a arte, e os pensamentos dos que à frequentam. Segundo a profecia, a apostasia de muitos dentre o povo de Deus, por estarem mergulhados na heresia e mundanismo será grande. Assim declara Ellen White: "Permanecer em defesa da verdade e justiça, quando a maioria nos abandona, ferir as batalhas do Senhor, quando são poucos os campeões. Naquele tempo devemos tirar calor da frieza dos outros, coragem de sua covardia, e lealdade de sua traição" (2 TS, p. 31).
Tirar calor da frieza dos outros, coragem de sua covardia, e lealdade de sua traição, é o mesmo que tentar produzir fogo no meio da chuva, com duas barras de gelo na mão, e dentro d'água. Portanto, quem viver verá? Não, este futuro chegou, bem vindo a ele. Este é o período do início da sacudidura, mas, como bem afirmou Pastor Jorge Mário, "logo chegará o tempo, em que não haverá mais tempo". O tempo para buscar o reavivamento e reforma é hoje, agora, neste, exato momento. Lembre-se que, Deus tem uma dura advertência contra o secularismo e relativismo (Is 5:20 e 21), e em breve, Esse Deus que foi expulso por Karl marx do céu, retirado do inconsciente por Freud, banido da ciência por Darwin, assassinado por Nietzsche, transformado num delírio por Richard Dawkins, secularizado e relativizado pelos cristãos pós-modernos, em breve virá gloriosamente nas nuvens do Céu, para espanto e terror dos incrédulos (Mt 24:30; Lc 21:27Ap 1:7; ITs 4:16,17)

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