16 de abril de 2012

Portugal leva golpe da Guiné-Bissau ao Conselho de Segurança da ONU


A CPLP aprovou uma resolução
que prevê a criação de uma
“força de inerposição”
com mandato da ONU (AFP)
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, informou hoje o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que Portugal vai levantar a questão do golpe militar na Guiné-Bissau no Conselho de Segurança das Nações Unidas, órgão de que faz parte.

Num contacto que hoje à tarde manteve com Ban Ki-moon, o ministro português pediu uma “atenção urgente e especial” para a situação na Guiné-Bissau - disse ao PÚBLICO o seu porta-voz, Miguel Guedes.

Paulo Portas manifestou a Ban Ki-moon “grande preocupação” com a situação criada pelo golpe de Estado que levou à detenção, na quinta-feira à noite, do Presidente interino, Raimundo Pereira, e do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.

O ministro comunicou também ao secretário-geral das Nações Unidas as conclusões da reunião do conselho de ministros da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), realizada no sábado em Lisboa, e disse a Ban que o ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, Mamadou Djaló Pires, que participou na reunião, lhe enviou hoje - e também ao Conselho de Segurança - uma carta em que pede que “seja estudada a constituição de uma força” capaz de garantir a segurança da população e a integridade dos dirigentes do país, acrescentou o porta-voz.
Na reunião da CPLP, os ministros aprovaram uma resolução que prevê a criação de uma “força de interposição” com mandato do Conselho de Segurança da ONU. Essa força seria constituída em articulação com a CEDEAO (Comunidade dos Estados da África Ocidental), a União Africana e União Europeia. Na sexta-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas divulgou uma declaração em que condena “a ingerência de militares na política” da Guiné-Bissau

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