22 de setembro de 2011

O PAPA NÃO FALA NA CRISE DA EUROPA. PORQUÊ?

O Papa discursou, esta esta quinta-feira, no Parlamento alemão, mas desiludiu aqueles que esperavam uma palavra sobre a situação económica e social na Europa e também os mais próximos das vítimas de abusos sexuais por elementos do clero.
O Papa foi muito aplaudido por todos os deputados no Parlamento de Berlim, mas o hemiciclo não estava superlotado. Havia muitos lugares vazios, sendo que cem deputados disseram antes que boicotariam o discurso.
O discurso decepcionou sobretudo as vítimas de abusos sexuais nas instituições ligadas à igreja em anos passados, que esperavam uma palavra de responsabilidade de Bento XVI.
Foi um discurso muito intelectual e filosófico, no qual o responsável máximo da Igreja Católica falou no Rei Salomão, do Velho Testamento, que pediu a Deus que lhe ensinasse a distinguir o bem do mal.
O Papa apelou ainda aos alemães para que não esqueçam as suas raízes cristãs.
Bento XVI não falou na crise na Europa, mas louvou um movimento ecológico dos anos 70, afirmando que os jovens de então chegaram à conclusão de que havia algo que estava mal com a natureza, um elogio que os verdes aceitaram de bom grado, apesar de o Papa ter dito em tom jocoso que não tencionava fazer propaganda a favor de nenhum partido.
Como poderia Bento XVI fazer referência à crise na Europa? Sabe porventura o que é crise? Ele habita num palácio com mais de mil divisões e rodeado dos seus mundialmente famosos jardins.
Como casa de veraneio, tem Castelfandolfo, uma residência magnífica que domina o lago Albano, onde o papa se refugia dos calores do Estio romano que, por certo, devem ser verdadeiramente esgotantes. Nesse formoso castelo, de dimensões um pouco maiores do que o Vaticano e também com magníficos jardins, foi construída uma piscina para tornar ainda mais suportáveis as esgotantes jornadas de veraneio do “representante” máximo de Deus na Terra.
Cristo reunciou às possessões e, de maneira sustentada, pregou “Vem, vende tudo o que tenhas e reparte-o entre os pobres e depois segue-me.”
O papa vive, literalmente, rodeado de tesouros, muitos deles de origem pagã. No Museu do Vaticano encontram-se, por exemplo, A Rainha de Teve, uma colossal estátua de granito que representa a mãe do faraó egípcio Ramsés II, e o Laocoonte, uma escultura do século II a.C., em que se vê esta personagem da mitologia grega lutando junto de seus filhos contra as serpentes enviadas por Febo.
Como falar da pobreza?
Como falar da pedofilia?
Onde está a autoridade?
Voltaremos a falar deste assunto, infeliz assunto, de vergonha, morte, e traição a Jesus.

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