19 de junho de 2011

A ORDEM E A DESORDEM E A NOVA ORDEM

O que é uma ordem em termos de geopolítica? Existe ou não passa de especulação?
Este é um tema que se trata desde que terminou a II Guerra Mundial. Este debate começo a ter lugar em consequência das políticas pro-comunistas e pro-liberais esta discussão tornou-se transversal às ciências políticas, estudos das relações internacionais. Um dos mais importantes (pelo número de documentos produzidos), devemos colocar o geógrafo e geopolítico inglês Halford J. MacKinder, que produziu várias obras sobre o assunto no final do século XIX e no início do século XX. A ideia de uma ordem mundial pressupõe logicamente um espaço mundial unificado, algo que só ocorreu a partir da expansão marítima comercial europeia (e capitalista) dos séculos XV e XVI. Daí os autores
clássicos, em especial aqueles do século XIX, terem cunhado a expressão "grande potência" ou "potência mundial", indissociavelmente ligada à ideia de ordem mundial. A ideia é criar uma política que ponha ordem na desordem (tão actual) das políticas instáveis e continuamente provisórias dos Estados.
Os Estados, são equivalentes apenas na teoria - pois há alguns fraquíssimos, em termos de economia, de população e de poderio militar, e outros extremamente fortes -, o conceito de potências (médias ou regionais e principalmente grandes ou mundiais) é essencial na medida em que expressa algo que ajuda a definir ou a estabilizar a (des)ordem mundial. Como assinalaram Norberto BOBBIO e Outros (Dicionário de Política, editora Universidade de Brasília, 1986, pp.1089-1098), cada Estado possui a sua soberania ou poder supremo no interior do seu território, não estando portanto submetido a nenhuma outra autoridade supra estatal, o que em tese redundaria numa espécie de "anarquia internacional". Mas a existência das grandes potências e a própria hierarquia entre os Estados introduz um elemento estabilizador, uma "ordem" afinal, nessa situação em que não há um poder global ou universal, isto é, acima das soberanias estatais.
É exactamente essa hierarquia que vai dos "grandes Estados" – a (s) grande (s) potência(s) - até aos "pequenos", esse sistema de países onde na prática há o exercício do poder pela diplomacia (ou, no caso extremo, pela força militar) e pelas relações quotidianas (comerciais, financeiras, culturais...), o que se convencionou denominar ordem mundial. Por esse motivo, via de regra se define uma ordem mundial pela presença de uma ou mais grandes potências mundiais (G20). Este sistema está considerado caduco, tal como a União europeia.
Qual é a solução?
Como podemos perceber, não se avança muito quando se nega a ideia de uma (nova) se percebe (Grécia, Espanha, França, Portugal… passamos por alto os países do Norte de África e Médio Oriente) que reina a desordem. Assim uma nova ordem parece ser um processo inteligente e para o bem comum. Todos anseiam, enfim, pelo fim da instabilidade e alguém que presida com lógica aos destinos do mundo: A Nova Ordem faz sentido, grita todo o mundo!
Como seria a situação no Egito, no Afganistão, na União Europeia e no resto do Planeta se se tivesse um governo principal, uma moeda única e regências regionais?
Para além de tudo os preconizadores da Nova Ordem Mundial possuem estratégias que levariam as indústrias, a agricultura a revoluções técnico-científicas, e a uma globalização dos bens muito favorável. Há por aí alguém que não concorde, que levante a mão? Seria bom que o vizinho do lado o obrigasse de imediato a baixar essa “burra” mão.
Este plano há tanto esboçado está pronto a ser posto prática. Há ainda algumas coisas que faltam afinar, em termos políticos, temos o caso da China que se quer agigantar com a sua mão-de-obra barata e mais um ou outro restolho “comunista”. Mas não é coisa de monta. Talvez, o caso mais difícil de resolver seja a questão religiosa. Tornou-se evidente, que para haver uma Nova Ordem Mundial, necessitaria de haver um “Pastor” e um só “Rebanho”. Entendam o que eu quero dizer: um líder religioso mundial.
É verdade, que a questão já não se coloca em termos das grandes religiões Protestantes, os acordos entre o Vaticano e o Anglicanismo, Luteranos e os Ortodoxos está no essencial feito. As religiões ditas Evangélicas não obstarão tal projecto, até porque o seu corpo doutrinário é flexível. Mas, deve-se reconhecer, existem algumas “ovelhas tresmalhadas”. Como irão reagir? Quem vai reagir? Estas são as grandes questões.
Se os meus amigos tiverem algumas ideias, serão bem acolhidas. Vou deixar-vos um texto bíblico e espero que neste aspecto também possam contribuir com algum texto das Escrituras. O assunto é muito sério.
Porque éreis como ovelhas desgarradas; mas agora tendes voltado ao Pastor e Bispo das vossas almas.” 1ª Pedro 2:25.

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