19 de fevereiro de 2011

CRISTÃOS NO EGITO DEVEM TRABALHAR PELA IGUALDADE

O Pe. Samir Khalil, logo após a saída do presidente Hosni Mubarak, fez um comentário - ele é um dos maiores especialista em islamismo do mundo - "os cristãos no Egito devem trabalhar agora para obter a igualdade num país maioritariamente muçulmano."
Em diálogo telefónico com a agência ACI Prensa ao ter-se conhecimento da saída de Mubarak, o presbítero assinalou que "o que necessitamos agora é algo que ajude as pessoas a viver mais humanamente".
Sem a mínima dúvida que o padre Samir tem razão, esta é uma oportunidade áurea para a proclamação do Evangelho, não digo; impôr, mas que os cristãos independentemente do credo possam agir tão livremente como os Islamitas agem no Ocidente.
"Talvez depois disto, depois de ter passado por um regime autoritário (de mais de 30 anos), as pessoas busquem realmente de fazer algo mais democrático".
O sacerdote disse ademais que se sentiu animado porque os protestos contra Mubarak nasceram do povo, incluindo todos os setores e religiões da sociedade.
"Cristãos e muçulmanos estiveram juntos. Não tivemos nenhum chamado extremista do Islão. Além disso, tampouco houve agressões contra Israel, Estados Unidos ou bandeiras queimadas", disse logo com certa satisfação.
"O resultado disto é uma nova esperança para o Egito", acrescentou.
Agora é preciso gerar um governo democrático que não seja extremista e que respeite o direito dos cristãos - que são uma minoria - e muçulmanos por igual.
O sacerdote explicou ademais que existe ainda a ameaça de que os Irmãos Muçulmanos queiram "islamizar" o país, mas que isso não seria conveniente para o Egito.
O Pe. Khalil disse à ACI Prensa que existem três áreas nas quais é importante que os cristãos assegurem a igualdade. A 1) primeira é no mercado de trabalho, "para que não exista a preferência de contratar um muçulmano por cima de um cristão".
O 2) segundo ponto é o das permissões para construir Igrejas, para fazer que seja tão fácil como é para os muçulmanos fazerem suas mesquitas. Uma lei de 1880 faz que os cristãos tenham muitas complicações para isto.
O 3)terceiro tema é o da liberdade de consciência: os egípcios deveriam ser livres para converter do cristianismo ao Islão e vice-versa sem que exista ameaça alguma contra os conversos.
"O importante e que deve ficar claro é isto: que estamos todos sob as mesmas normas", precisou o sacerdote
Os cristãos, disse logo, devem sair de seus guetos "para estar muito mais envolvidos na sociedade, no mundo político, social e económico da nação".
É importante, concluiu o Pe. Khalil, que os cristãos egípcios considerem que "se houver algo a ser dito devem dizê-lo, e se alguém diz algo contra o cristianismo é preciso corrigi-lo. E se além disso, dissemos algo mal então devemos estar de acordo no que a outra pessoa nos corrige".
Oro intensamente para que esta seja a oportunidade que todos estes povos anseiam; uma democracia. Democracia que permita a cada ser humano fazer a sua própria escolha no que tange à religião, religião é assunto de consciência e esta é sagrada, nem Deus a viola!

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