25 de setembro de 2010

DEUS CRIOU O HOMEM E A MULHER, PORQUE NÃO TERÁ CRIADO DOIS HOMENS OU DUAS MULHERES?

Um em cada cinco homens americanos que praticam sexo com outros homens estão infectados com VIH/sida, mas quase metade desconhecem que são portadores do vírus. A conclusão é de um estudo do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) norte-americano, que avaliou dados das 21 principais cidades dos Estados Unidos com base em inquéritos anónimos e testes realizados em zonas de convívio de gays, como bares, discotecas e organizações cívicas.

"Os homens que praticam sexo com outros homens estão em risco crescente de serem infectados", conclui o estudo divulgado ontem com base em mais de 8 mil entrevistas e testes realizados durante 2008. A realidade norte-americana leva o CDC a afirmar que a prevalência de VIH nesta população "permanece alta e desproporcional" em relação ao resto do país. Para estes homens, "o futuro está verdadeiramente em risco", afirmou em comunicado Jonathan Mermin, director da divisão de prevenção do VIH/sida daquele organismo.

A prevalência geral atinge os 19%, com um total de 1562 indivíduos a apresentarem resultados positivos. A maior taxa de infecção ocorre entre os afro--americanos, com 28%. A comunidade hispânica surge logo a seguir, mas já abaixo da média geral (18%); a comunidade branca atinge os 16% e as outras raças 17%.

O facto de 44% não saberem que são seropositivos aumenta a preocupação das autoridades, que consideram tratar-se de "um grave problema de saúde pública porque estes homens são responsáveis pela maioria dos novos casos estimados todos os anos nos Estados Unidos".

A faixa etária entre os 18 e os 29 anos é a que regista o maior grau de desconhecimento. Neste grupo, apenas 37% sabiam estar infectados. Mais uma vez, é na comunidade negra que os valores atingem a maior percentagem (59% de desconhecimento, contra 26% na comunidade branca). O CDC deixa o recado: "Devem ser redobrados os esforços para garantir que esta população faz o teste pelo menos uma vez por ano", reduzindo as barreiras para que este exame seja disponibilizado e aumentando a eficácia da prevenção.

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