30 de agosto de 2010

SOLTA-SE O PIOR QUE HÁ EM NÓS.

As autoridades do Rio de Janeiro precisam de ajuda para resolver impasse à morte de Rosalina Ribeiro e contam com a PJ portuguesa.
Este é um cabeçalho de um qualquer jornal em Portugal, não há quem não saiba do que se trata. Um outro jornal noticia: “atacada pelas costas à machadada e à facada.” Lemos também e com dor: “menina de 12 anos tentou proteger as duas irmãs mais novas de um pedófilo, que a violou, aceitando acompanhá-lo numa viagem…no lugar delas. Mas nem assim evitou que uma das irmãs, de sete anos, também fosse abusada.”
Estas histórias, histórias de todos os dias, infelizmente, evidenciam em primeiro lugar, que é mais fácil praticar um crime sem manter uma relação cara a cara com a vítima. Revelam, por outro lado, que o desejo ávido de fruir dos bens da sociedade de consumo pode libertar emoções negativas e tornar-se agressiva mais facilmente, a coberto do anonimato. Que se solta o pior que há no ser humano, provocando consequências gravíssimas. Há, de facto, crimes danosos que são muito difíceis de descobrir o autor como o abandono de sinistrados, a poluição da natureza ou o incêndio florestal.
Mas há, também, pessoas que se refugiam no anonimato para injuriar e difamar as outras, porque não conseguem assumir o que fazem – seja por simples cobardia seja porque, na realidade, têm vergonha do que são e precisam de usar uma máscara qualquer.
Freud e Jung sugerem que a nossa sociedade se ergue sobre um controlo traumático das pulsões básicas. Nesse contexto, o controlo sem sublimação conduz à neurose. Então, podemos concluir, dizendo que o crime acaba por não compensar, destruindo sempre, se não a felicidade, pelo menos a tranquilidade de consciência do criminoso/pecador.
Retomando a frase “que se solta o pior que há no ser humano”. Sugere-nos um mistério que envolve duas realidades: Deus (Col. 2:2) e o mal (2ª Tes. 2:7). Mistério não significa algo que não podemos saber, mas algo que só podemos saber em parte (Rom. 16:25; Efésios 3:3,4; 6:19).
A Bíblia revela que o mal não foi planeado nem causado por Deus. a directa interacção de Deus com as Suas criaturas em toda a História mostra que Ele não predestina as nossas decisões, estas são livres. Então, quando um dos casos que acima citámos acontece e que normalmente questionamos e culpamos Deus. Tal como Job, não temos respostas para estas perguntas existenciais, temos apenas a esperança de que Deus abrirá um dia os livros e nós poderemos julgar o que Ele tem feito.
Até esse dia, então, vivamos pela fé em Cristo e na Sua sabedoria (Hab. 2:4; Rom. 1:17), com certeza e a esperança de que “a nossa leve e momentânea tribulação produz, para nós, um peso eterno de glória mui excelente” (2ª Cor. 4:17).

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