19 de agosto de 2010

A LIXEIRA VAI SER RENOVADA.

Por todo o mundo se realizam cimeiras, fóruns, debates, enfim, se manifesta uma imensa preocupação pela forma como está a ser gerido o Planeta Terra. Há um anseio, creio sincero, de parar esta forma de delapidar a Terra tal como tem sido feito no último século. Há um anelo, um sonho que emerge no sentido de respeitar a vida de todas as criaturas que têm encontrado no homem o seu pior inimigo.
Como alterar este estado de coisas? Como dizer às pessoas que estão por detrás dos grandes monopólios, parem!
Todos temos consciência que no final destas cimeiras, destes fóruns e afins, se fazem declarações cheias de boas intenções, no entanto o ritmo marcado pelos grande interesses é frio, duro e implacável. Que valor tem as palavras sensatas, de compaixão? Face a uma crise financeira que assola o mundo, esta crise segundo os economistas é de tantos triliões de dólares, que nem eles sabem os números! São os grandes bancos e fábricas tradicionais ou renovadas que fecham e lançam para a miséria outros tantos milhões de pessoas no desemprego.
Não quero ser pessimista, digam-me: onde está a solução, para esta fome que alastra pelo mundo, para o desespero, para as lágrimas? Não, esta não é só uma crise que atinge a terra, ela atinge o coração!
todos os sistemas na Europa, América ou em qualquer outro lugar do mundo estão falidos. Por outro lado, não teremos nós o direito a essas coisas? Todos cremos a nossa casa, o nosso emprego, o nosso carro, a nossa família!
Como estancar esta hemorragia que, afinal, todos provocámos e continuamos a provocar a esta terra, nossa morada! Sim, eu creio que todos fomos longe demais, ultrapassamos a fronteira e não há retorno. Há?
Não o creio, lamentavelmente, não creio! Felicito os que acreditam que se pode introduzir sem violência uma Nova Ordem Mundial. A Crise é global, não é só financeira, mas sobretudo moral social e ambiental.
A ânsia pelo crescimento económico dos povos e Nações, aliada ao consumismo compulsivo, resultou na delapidação sem precedentes do Mundo onde vivemos que já está dando sinais de estar doente, pois o consumo inconsequente aumentou o desperdício, a produção de lixo, e os impactos ambientais.
O desenvolvimento técnico-científico, dissociado da consciência ecológica, fez com que saqueássemos os recursos naturais numa escala sem precedentes e sofremos os efeitos disso. A ruptura entre o trabalho e o cuidado fez com que o afã desmedido de produção se revertesse na ânsia incontida de dominação das forças da natureza e alterou-se seu equilíbrio.
Uma Terra sem Deus, é uma terra sem norte “comamos e bebamos que amanhã morreremos” ou então “quem não tem quer; quem tem quer mais, e quem tem mais diz que nunca é suficiente.” Esta lógica teria que ser mudada e um novo estilo de vida introduzido.

Os actuais padrões de extracção, produção e consumo, mostraram-se insustentáveis, ultrapassando as capacidades de reposição e regeneração do Planeta. A Terra dá sinais inequívocos de que já não aguenta mais o actual projecto de exploração. A Terra é como uma pessoa muito doente a quem obrigam a trabalhar e ela não pode! Já não tem nada ou quase nada para dar. Finou-se!
Precisamos, pois, de um novo paradigma de Civilização porque o actual chegou ao fim e exauriu as suas possibilidades. É preciso mudar de rumo!
Devemos lançar um novo olhar sobre a realidade e adoptar um novo paradigma de relacionamento com todos os seres. Somos todos interdependentes uns dos outros, coexistimos no mesmo espaço e na mesma Terra. O mesmo Sopro permeia toda a existência (Gén. 2:7).
Hoje, mais do que nunca, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. E a nova vida pertence “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.” (Mat. 5:5). Afinal, eu acredito num novo começo, ele está prometido: “Pois, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, durarão diante de mim, diz o Senhor, assim durará a vossa posteridade e o vosso nome.” (Is. 66:22).
As coisas são assim: “E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira terra, e o mar já não existe.” (Ap. 21:1).
Só há um Governante capaz de dar um novo rumo à Terra, e Ele quer dar já esse rumo à tua vida, deixa e respeitarás aqui e agora tudo e todos. Senão, não irás para a Nova Terra!

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