16 de dezembro de 2009

Inventou ataque neonazi para justificar fim de falsa gravidez



O procurador no Tribunal Distrital de Zurique acusou hoje, quarta-feira, a cidadã brasileira Paula Oliveira de ter inventado um ataque neonazi para justificar o fim de uma falsa gravidez de gémeos, na primeira sessão do julgamento.
"Esta foi uma tentativa patética e desesperada de escapar", afirmou o procurador durante a primeira sessão do julgamento da advogada brasileira.
Paula Oliveira alegou ter sido agredida, a 09 de Fevereiro, por um grupo de neonazis na cidade de Dubendorf, a cerca de cinco quilómetros de Zurique, quando falava ao telemóvel com a mãe.
Noiva de um suíço, a brasileira, de 26 anos, disse na altura estar grávida de três meses e que sofreu um aborto logo após o ataque.
Dez dias depois do alegado ataque, a cidadã brasileira admitiu à polícia suíça ter encenado tudo, que não estava grávida e que se tinha auto-mutilado.
De acordo com o site do jornal suíço "20minutes", a jovem convenceu o noivo que estava grávida de gémeos, tendo mesmo imprimido uma ecografia pela Internet.
Para o procurador, os problemas psicológicos que Paula Oliveira diz sofrer são apenas uma desculpa para fugir às consequências das suas acções.
"Ela nunca pensou atrair tantas atenções, muito menos do presidente (brasileiro) Lula (da Silva)", afirmou.
O Ministério Público acredita que a jovem brasileira induziu a justiça suíça em erro e pede 180 dias de pena suspensa e uma multa de mil francos suíços (661 euros).
Ao prestar declarações no tribunal, a jovem brasileira desmentiu a confissão que fez às autoridades suíças, na qual admitiu ter forjado o ataque.
Paula Oliveira disse que mentiu porque estava em estado de choque, queria fugir à pressão dos meios de comunicação social e porque a polícia lhe disse que tudo acabaria mais depressa se ela confessasse.
A brasileira chegou ao tribunal acompanhada do seu advogado, vestida de preto e com a cabeça coberta por um pano negro.

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